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Guerreiras Amazonas

Guerreiras Amazonas

por | jul 7, 2024

Guerreiras Amazonas - Rogério Pietro

Rogério Pietro

Guerreiras Amazonas

Amazofuturismo e ficção científica

Uma nação de mulheres guerreiras surgiu no meio da selva para lutar contra a injustiça. Elas expandiram seu domínio do monte Yacamiaba até o Grande Rio, usando tecnologia avançada, se tornando senhoras absolutas de muitos povos indígenas. Mas a chegada de espanhóis e portugueses trouxe uma era de declínio e doenças. A trajetória das Amazonas será recontada, desde a sua origem até o futuro no Século 22, com velhos desafios e novos paradigmas. Neste livro amazofuturista, acurácia histórica e ficção científica se unem para contar a jornada das mulheres que influenciaram a história do Brasil.
Baseado no relato original do frei Gaspar de Carvajal e na série Amazofuturismo, Guerreiras Amazonas vai tirar a sombra fantasiosa das Amazonas e demonstrar que elas de fato existiram.

Sobre o livro

Guerreiras Amazonas faz parte do universo ficcional do Amazofuturismo. O livro é considerado um spin-off da série, e se situa entre o Amazofuturismo 2: Primavera Ancestral, e o terceiro livro.

Para escrever esse livro, eu fiz uma pesquisa profunda a respeito do que nós sabemos de verdade a respeito desse povo indígena matriarcal, formado apenas por mulheres. Como já era de se imaginar, as informações corriqueiras a respeito das Amazonas são incorretas, imprecisas ou escassas. Daí surgem duas categorias de informações que devem ser descartadas: as distorcidas, baseadas em informações falsas, erradas ou misturadas, e as lendas, que surgiram ao longo de 500 anos de história do Brasil e colocam as Amazonas no reino fantasioso e irreal.

Descartando toda forma de erro e fantasia a respeito das Amazonas, percebi que eu devia me voltar para a fonte da informação, ou seja, a origem do relato a respeito dessas mulheres guerreiras da floresta. Assim, cheguei até o relato dos espanhóis que navegaram o rio hoje chamado de Amazonas. O fato aconteceu entre 1541 e 1542. O capitão Francisco de Orellana e outros 62 homens partiram de Quito, no Peru, atravessaram as cordilheiras com uma imensa comitiva liderada por Pizarro, e chegaram até um rio navegável. Eles construíram um navio (bergantim) e começaram a jornada de descida pelo enorme rio. Com eles estava o frei dominicano Gaspar de Carvajal, que descreveu toda a jornada dos conquistadores espanhóis desde Quito até além da foz do rio, saindo no oceano Atlântico.

Carvajal escreveu, então, o Descobrimento do Rio das Amazonas, em 1542, e apresentou ao mundo tudo o que ele viu ao navegar através daquela selva desconhecida para os europeus.

O ponto alto da crônica de Carvajal, sem dúvida, é o momento em que eles encontram as guerreiras amazonas na margem do rio. Depois de navegar muitas milhas, entrar em contato com dezenas de povos indígenas, invadir e saquear diversas aldeias que margeavam o curso d’água, a expedição decidiu descer em um ponto onde estavam essas mulheres, e houve confronto entre espanhóis, elas e os indígenas que elas comandavam. A descrição daquele momento histórico é dada pelo próprio frei, que assim escreveu:

 “Quero que saibam qual foi a razão pela qual esses índios se defendiam de tal maneira. Devem saber que eles são sujeitos e tributários das Amazonas, e sabendo da nossa vinda, foram pedir socorro e vieram até dez ou doze delas, que vimos, que lutavam à frente de todos os índios como capitãs, e lutavam tão bravamente que os índios não ousavam virar as costas, e aquele que as virava diante de nós, elas matavam com paus, e essa é a razão pela qual os índios se defendiam tanto. Essas mulheres são muito brancas e altas, têm cabelo muito longo, trançado e enrolado na cabeça, são muito musculosas e andam nuas, cobrindo suas vergonhas, com seus arcos e flechas nas mãos, fazendo tanta guerra quanto dez índios; e na verdade houve uma dessas mulheres que enfiou um palmo de flecha em um dos bergantins, e outras que menos, que faziam nossos bergantins parecerem porcos-espinhos.”

 Esse momento histórico definiu muito do que conhecemos hoje como Brasil, a começar pelo nome do rio, que passou a ser conhecido como Rio das Amazonas, e a própria floresta, bem como um Estado inteiro da nossa nação.

Uma análise detalhada de quem foram essas indígenas pode ser lida no livro Guerreiras Amazonas, porque existe um conteúdo extra no qual eu analiso tudo o que se sabe delas até hoje, deixando de lado as fantasias, os preconceitos e as lendas infantis.

Este livro é mais um capítulo importante do amazofuturismo em nossa cultura.

Quer saber mais a respeito do amazofuturismo? Acesse o site oficial AQUI.

 

 — Minhas irmãs e eu seremos lembradas pela eternidade!”

– trecho do livro a Guerreiras Amazonas.

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