Imaginar uma sociedade em que os livros e o próprio hábito da leitura é proibido não é fácil, especialmente nos dias de hoje, quando a Internet conquistou a maior parte do mundo com blogs, fóruns de discussão, artigos, jornais eletrônicos e mesmo livros.

Mesmo assim, logo após a II Gerra Mundial, um autor chamado Ray Bradbury começou a criar um romance que contava as desventuras de um mundo em que ler e ter opiniões próprias era proibido. Quem fosse pego portando um livro seria considerado um criminoso, e qualquer obra encontrada seria queimada por bombeiros. Ao invés de apagar incêncios e salvar vidas, os bombeiros teriam a função de reduzir livros a cinzas.

O título da obra: Fahrenheit 451.

Em 1966, um diretor de cinema chamado François Truffaut transformou a obra em um filme que contém toda a força e a crítica social imaginada por Bradbury.

Adaptar a realidade distópica (anti-utópica) de Fahrenheit 451 para os dias atuais foi um desafio interessante, justamente por causa da facilidade de disseminação de informações pela rede mundial de computadores… Não é mais possível eliminar a literatura ou o hábito da leitura simplesmente queimando todos os livros.

Escrevi o conto Os Biblionautas como uma tentativa de imaginar o que seria de um mundo que proíbe livros na era da Internet. O resultado pode ser lido – sem qualquer tipo de restrição ou proibições de leitura – no anexo.

Capa Biblionautas