As Ruínas da Internet

Rogério Pietro

As Ruínas da Internet

No futuro, tudo o que hoje está na internet vai virar relíquia.

No futuro, todas as informações que nós publicamos na Internet, texto ou vídeos, todos os comentários e e-mails, mesmo aqueles que nós pensamos que foram deletados, ficarão arquivados como relíquias de um gigantesco sítio arqueológico. A história da humanidade será contada pelos megabytes acumulados e esquecidos naquilo que será chamado de Escombros da Internet.

Natália Durand, uma cyberarqueóloga do final do século XXI que luta para sobreviver num mundo assombrado por uma doença fatal e pela miséria, é contratada para localizar informações perdidas nos Escombros da Internet. Sem desconfiar do destino para o qual as pistas arqueológicas a levam, Natália entra em uma jornada de busca pela verdade e pela própria vida.

As Ruínas da Internet é um thriller tecnológico que mistura realidade virtual, biotecnologia, investigação e o maior acelerador de partículas do século XX enterrado na fronteira entre a França e a Suíça.

Sobre As Ruínas da Internet

As Ruínas da Internet é o meu primeiro livro de ficção científica publicado. Ele é basicamente a junção de duas ideias antigas que aparentemente não tinham ligação uma com a outra: um mundo no qual tudo o que as pessoas postaram na Internet virou um tipo de artefato arqueológico e uma quarentena epidemiológica permanente no maior acelerador de partículas construído no século XX, o CERN, onde, aliás, nasceu a rede mundial de computadores conhecida como WWW.

Ambas ideias pareciam muito separadas uma da outra, até que comecei a estruturar o pano de fundo do livro As Ruínas da Internet. Considerando que a obra fala de assuntos muito específicos, desde tecnologia de redes até engenharia genética de bactérias que dissolvem metais, eu tive que estudar muito para dar vida ao livro e aos personagens.

O resultado me agradou muito, e este sempre foi meu único objetivo em escrever. Por isso, a publicação do livro é a maneira que eu encontrei de compartilhar um pouco do prazer que eu senti ao dar vida ao mundo de Natália Durand, a cyberarqueóloga e personagem principal do Ruínas.

Apenas a título de curiosidade, na época em que eu escrevi o livro (entre 2009 e 2010), o termo cyberarqueologia não era usado por ninguém (eu pesquisei e constatei isso). Agora que o livro foi publicado, descobri que existe uma novíssima ciência que é o uso de meios digitais para o estudo da arqueologia. Não tem nada a ver com a cyberarqueologia que eu criei para este livro de ficção científica. Para todos os efeitos, eu prefiro a definição da própria Natália, que diz que a cyberarqueologia é “uma ciência que estuda, analisa, segue e traz à tona, dos Escombros da Internet, informações relevantes a respeito da sociologia, antropologia, cultura e costumes da época em que a humanidade usava a rede mundial de computadores”.

 

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Ao sair, o homem viu caminhos e estradas de luz que cruzavam em todas as direções, anúncios brilhantes de produtos e serviços que saltavam no horizonte, e movimento de pessoas deslizando rapidamente pelo espaço virtual da Hiper-rede.

trecho do livro as ruínas da internet